Pasta LAB é um pequeno (muito pequeno) restaurante Italiano comandado pelo incrível Chef Simone Paratella.
*As fotos de pratos exibidas foram capturadas por Alexandre ou Hanna Litwinski. Fotos dos ambientes podem ser retiradas de redes sociais ou materiais de press release dos estabelecimentos.
Sorry, no records were found. Please adjust your search criteria and try again.
Sorry, unable to load the Maps API.
Belo Horizonte
Minas Gerais
34580-220
Brasil
Simone Paratella
Online: http://digitalmenu.com.br/pastalab/
Fevereiro 2021
CARNE CRUDA ALL'ALBESECarne de boi, citronette, grana padano, lâmina de cogumelo, broto de rúcula.
|
HUMMUS, FINOCCHIO E ERVAS DA HORTAHummus de grão de bico, salada de funcho e ervas da horta
|
BURRATA E POMODOROBurrata, couli de pomodoro e pesto de ervas da horta.
|
BURRATA E CRUDO DE PARMABurrata, presunto de Parma, clorofila de basilico e ervas
|
PASTA
Saracoteando no Instagram dei de cara com uma imagem perfeita de macarrão ao vôngole e isso é um gatilho sério pra mim, vira ideia fixa do tipo pagode ruim que gruda na mente do sujeito, cujo refrão não vai embora nem com poder de reza.
Fui dissecar o perfil: Pasta Lab – restaurante italiano. De pronto tasquei a pergunta: oi, tudo bem? Esse prato tá disponível pro almoço de amanhã? Minha apreensão era motivada. Vôngole não sei por qual motivo, não é ingrediente dos mais queridinhos por aqui. Já é difícil encontrar o prato clássico nos restaurantes de BH, e se tornou um entrave ainda maior pós pandemia, que restringiu a oferta de produtos assim frescos e delicados.
Me responderam que deixariam reservado a “minha porção” de maneira que desde então me coloquei em estado de frenesi. Sabe aquela criança insuportável que pergunta no carro minuto a minuto da viagem “se tá chegando”? Eu todinha.
O restaurante é um espaço muito charmoso e pequenininho ali na meiúca da Savassi, na Fernandes Tourinho. O Chef Simone Pietro é aquele italiano que habita o imaginário de todo mundo: falante, intenso e abençoado pela herança culinária.
Comecei pelas ostras frescas porque não costumo perder a oportunidade; sim, outra tara particular. Carnudas, fresquinhas e coroadas por um sal defumado que deu aquele danado do “up” que faz a gente lembrar como o mundo é bão, sebastião.
Pedimos uma burrata marota sem estarmos preparados pro que viria. Lá do balcão, onde também é a cozinha, Simone perguntou: gostam de gorgonzola dolce? Respondi que sim por polidez, mas pensando que tipo de gente que não gosta?
Aí veio a mãe de todas as burratas: cremosa, com o toque do gorgonzola, abraçada num pesto fresco e bonita como um jardim. Comemos entre grunidos e resolvemos pedir um vinho porque deu vontade de celebrar.
Simone anunciou que tinha trufas, o que pôs fim ao dilema do marido entre o carbonara perfeito (depois daquela burrata, meus amigos, já sabíamos que tínhamos acertado a boa) ou uma massa com botarga curada por eles.
Trufa é uma daquela coisa que acabam com argumentos, tipo beijo melado de filho. (CONTINUA NOS COMENTÁRIOS)
E aí Simone foi além e sugeriu trocar a massa por um gnocchi que tinha acabado de fazer.
O que se seguiu foi da ordem da epifania. A minha massa aplacou todos os anseios, feito banho de cachoeira. Mas o gnocchi… mas o gnochi…. pausa dramática.
Eu não sou lá uma pessoa muito “nhoqueira”, não é uma massa que peço porque não vejo graça. Não via. Provando o prato do boy rolou uma sinestesia e imediatamente entendi aquele lance que todo mundo diz: que tem que colocar pouca farinha pro gnocchi ficar leve. Não era leve, era feito de sonho.
Sei, esse relato já tá quase uma ópera no quesito arrebatamento. Mas foi o que rolou no almoço de hoje. A sobremesa prefiro não comentar, com medo de ser tomada por mentirosa ou afetada. Aliás, afetada mesmo foi como terminei a refeição. Grata e eufórica daquilo que a boa comida é capaz de alcançar e provocar na gente. Bravo!!!