Verano Gourmet é um exemplo prático da máxima “As aparências enganam”. Quando você entra no site e lê os textos sobre o restaurante a impressão é que você descobriu um joia rara, escondida no meio do Gutierrez e fora do tradicional eixo gastronômico de Belo Horizonte.
Ao chegar ao restaurante a boa impressão continua, o Verano ocupa uma casa de dois andares em uma rua tranquila aos finais de semana. O jardim da frente foi transformando em um charmoso deck de madeira coberto por longos panos brancos. O salão interno é muito bem decorado e mais sofisticado, uma opção para um jantar romântico.
Logo ao entrar é possível ver um bar de Gin de onde saem lindas taças de drinks. Ao fundo uma parrilha muito bem montada, o que aumentou ainda mais a nossa boa impressão e expectativa para o almoço.
A decepção começou ao abrir o cardápio. Os pratos eram bastante simples, alguma coisa se perdeu entre o que está escrito no site e no cardápio. No site eu li: “Formado pela combinação do melhor da cozinha contemporânea a um cardápio completo, perfeito para quem busca desfrutar de novas experiências gastronômicas”. No cardápio apenas algumas poucas opções de pratos, agrupados por preço: R$29, R$39 e R$49.
A partir deste ponto as coisas só foram piorando. O serviço era lento e pouco profissional. Precisei escolher 3 vinhos diferentes (em uma carta super restrita) até conseguir um que estivesse disponível na casa. O vinhos são baratos, entre os tintos o mais caro custava R$89. Claro, não espere nenhum bom rótulo.
De entrada pedimos um Aranccini (bolinho de risoto) que demorou mais de 30 minutos para chegar a mesa. Estava horrível. Foi usada muita farinha de trigo ao empanar os bolinhos, provavelmente em uma tentativa de deixá-los mais crocantes. O interior estava pior ainda. Era simplesmente um arroz tingido com açafrão da terra e sem gosto de nada.

Aranccini R$29
Neste ponto realizamos que o programa que pensamos para o almoço estava perdido e decidimos pedir logo os pratos principais. Ainda não sabíamos que a melhor decisão teria sido implemente sair sem almoçar.
Eu resolvi não arriscar e pedir só uma carne, uma picanha uruguaia (R$55). Hanna decidiu se arriscar no medalhão de filé com pappardelle com trifolati (o nome era esse mesmo) R$39. Passados 15 minutos o garçon retorna me dizendo que o lote de picanha deles não estava muito bom, “meio perdida”. Finaliza com a frase: “é melhor avisar do que trazer, não é mesmo?”. Sem saber bem o que dizer eu apenas agradeci 🙁
Passados mais 30 minutos chegam os pratos, no meu caso um Ancho (substituindo a picanha) e uma farofa de ovos que pedi a parte. A carne estava “ok” se desconsiderarmos que pedi mal passada e chegou ao ponto. O garçom ainda se preocupou com o ponto e pediu gentilmente: “você podia dar um talho ai na carne para ver se está do seu agrado”. Talho feito, hora de provar o ancho.
A carne foi servida acompanha de uma farinha com sal e um molho chimichurri que conseguia estar mais salgado do que a farinha com sal. A farofa de ovos também estava acima do limite de sal e era tão estranha que eu acabei comendo apenas a carne.

Ancho grelhado R$55
Hanna teve menos sorte ainda, o medalhão chegou a mesa em um ponto que eu nunca havia visto, algo bem depois do “bem passado”. Já o pappadelle vinha acompanhado de algum tipo de molho pronto ou com algum molho a base de caldo knorr.
O ponto alto do prato foi quando a Hanna encontrou uma tira de plástico no medalhão, provavelmente um papel filme usado para dar forma ao medalhão e que não foi retirado antes do preparo.
Reclamamos com o gente ou com os donos? Não, há muito tempo deixamos de fazer isso. Primeiro porque nada que o restaurante faça vai recompensar a nossa experiência ruim e segundo porque aprendemos que poucos querem realmente aprender e mudar com as críticas.
Conclusão: o Verano Groumet tem um ótimo ambiente e preços muito bons. Deveriam apenas ajustar o que é vendido no site com o que é entregue na casa. Contudo, se você quer pagar pouco e comer um comida justa em um bom ambiente, escolha o Genaro, garanto que ficará mais satisfeito.

Do quaro que fica na parede eu só riscaria o 4° item
Fotos dos pratos por Alexandre Litwinski
Demais fotos são de divulgação da casa
Leia a crônica que a Hanna escreveu sobre essa nossa experiência:
*As fotos de pratos exibidas foram capturadas por Alexandre ou Hanna Litwinski. Fotos dos ambientes podem ser retiradas de redes sociais ou materiais de press release dos estabelecimentos.
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Belo Horizonte
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