Temos a tradição de sempre que possível viajar nos meus aniversários, nada melhor do que comemorar fazendo o que a gente mais gosta, não é ? Esse ano resolvemos dar uma volta pelos países nórdicos com uma esticadinha até a Rússia. No dia do meu aniversário estávamos em Estocolmo, recém chegados de uma viagem de navio que era pra descansar, mas tinha tanto entretenimento à bordo que acabamos virando a noite. Novidade…
Estocolmo é talvez uma das cidades mais lindas que já visitei, mas convenhamos que a noite não é muito o forte da cidade. Com meio preguicinha de tudo resolvemos ir num restaurante chinês próximo ao nosso hotel “O Formosa”. Ficou aquela sensação meio… “será? Passar aniversário num chinês… meio cafonice demais não?” Mas aí o cardápio tinha Pato de Pequim que fez os questionamentos escafederem de vez.
Entramos e tava tudo lá, gato da sorte, decoração puxada no vermelho e a “máfia” reunida. O povo chinês e das adjacências ou acha as outras comidas muito ruins, ou tem uma autoestima culinária de fazer inveja. Já fomos em restaurante chineses na Espanha, Alemanha, Turquia, Portugal e uma outra pá de lugares. E sempre tem um pool de olhinhos puxados e palitinhos frenéticos. Pedimos o pato para total decepção. Além de sabor insosso, pele molenga e carne fora do ponto, as panquecas que tradicionalmente acompanham o prato eram industriais. Isso é pecado quem nem Buda perdoa. Comemos ainda gyozas razoáveis e camarões empanados gostosos. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo; só aprendendo a jogar, não é minha gente? Conselho que fica: ouça a voz da razão e não pense com o estômago. Ano que vem tem mais!
