Comida de navio (ou a ver navios)
Semanas atrás tivemos a oportunidade de fazer um Cruzeiro em virtude de um evento relacionado ao trabalho do meu marido. Tratava-se de um verdadeiro gigante dos mares, o navio italiano Preziosa.
Foi a nossa primeira experiência marítima e entre demais expectativas estávamos curiosos para conhecer a culinária da embarcação.como seria a tão falada “Comida de navio”?
Fizemos o check in por volta das 16h e depois de nos instalarmos confortavelmente em nossa cabine (com uma varandinha charmosa que permitia que o mar “entrasse” nos nossos aposentos) seguimos para um dos restaurantes.
Era um restaurante variado em sistema self service. Estação de massas, pizzas, frutas, pães, seção de snacks infantis… achamos tudo muito simples e atribuímos ao adiantado da hora. Petiscamos alguma coisa, nada interessante ou que vale destacar, e seguimos com a nossa programação.
Aí veio a hora do jantar; as pessoas eram distribuídas em dois turnos nos restaurantes do navio.
Caminhamos para o restaurante e ao lugar reservado para nós. O ambiente era muito bonito, decoração caprichada mas logo veio a primeira decepção: a mesa era compartilhada com mais três casais. Tem gente que não se importa com isso ou até mesmo gosta da idéia, mas a gente não. Acho chato, desconfortável e constrangedor.
Aí veio o cardápio com pífias opções. Li e reli várias vezes, li em outras línguas mas não teve saída: pedi uma saladinha pobrinha de entrada e como prato principal uma strogonoff com batata frita! Parece piada mas não é, e posso dizer que tirei a sorte grande quando olhei para o risoto do vizinho que tinha mais cara de arroz doce com calda de Nutella hahahaha.
Dispensamos a sobremesa, demos uma espiadinha no show e vamos em frente que amanhã é outro dia!
O café da manhã também era à la carte, com opções simples mas honestas; pães fresquinhos, croissants de chocolate, opções de frios. Tudo ok, nada a destacar. Pedi uma opção de ovos poché acompanhados de feijão, eu adoro comer feijão no café da manhã e no Brasil nunca encontramos essa alternativa.
Desembarcamos em Búzios e nos fartamos com muitos frutos do mar e uma boa moqueca.
Para o jantar selecionamos o restaurante Eataly, um misto de Restaurante – Escola – Mercearia que tem filiais em diversas cidades Italianas, em Chicago e NYC, Japão, Dubai e Turquia.
Era um menu fixo ao preço de US$32,00 por três pratos e sobremesa:
– uma massa com legumes e pinole (massa cozida demais);
–
– Pato de Pequim (ou pato laqueado, a nossa grande decepção da noite. Gorduroso e com a pele mole, em nada nos lembrou o estupendo sabor de um que comemos em um restaurante em São Paulo. Leia a Saga do Pato de Pequim para saber algumas da nossas experiências com esse prato).
No dia seguinte tomamos o café da manhã e desembarcamos em Ilhabela. Comemos um peixe muito bom no restaurante Copacabana acompanhado de um pirão perfeito! Quem estiver por essas bandas, recomendo!
Ao final do dia resolvemos fazer uma boquinha e retornamos ao restaurante self service do primeiro almoço. A variedade de comida era ainda menor, tinha agora uma estação de bolinhos e cup cakes (argh!) e algumas comidas não muito sedutoras, se é que me entende….
Optamos pelo que não tem erro, pizza, certo?! Errado! Pegamos a fila da pizza (outra coisa revoltante nesse tipo de programa são inevitáveis e inefáveis filas…. hora de puxar um mantra e aproveitar a oportunidade para se espiritualizar.
Na estação de pizzas tínhamos 3 opções de pizza: Pizza de mussarela com molho embaixo, pizza de mussarela com molho em cima e pizza de mussarela sem molho! Dá pra acreditar?! Juro que é verdade.
Diante disso e das experiências gastronômicas vividas decidimos não comer mais nada naquela noite e fomos quebrar tudo na boate! Grande escolha.