Cordeiro sem frescura
Tá certo que um pouco de requinte e frescura não faz mal à ninguém. Muitas vezes pode até ajudar. Um jantar refinado em um bom restaurante pode elevar o moral de qualquer pessoa. Preparar e servir um prato refinado, também provoca uma satisfação muito grande em quem gosta de cozinhar.
Acontece que tem horas que você já está tão alto astral que a única coisa que importa é uma boa refeição. Não estou falando de fazer nada “pelas coxas”, como se diz. Nem tanto em esquecer da apresentação dos pratos. Falo de fugir das regras e convenções e se concentrar na experiência, no sabor exclusivamente.
Foi o que fiz hoje. Queria comer um carneiro. Acontece que não queria segurar um carré quase sem carne e limpar o dedo em uma lavanda. Queria saborear com intensidade, sem distrações. Passei no mercado e fui logo pedindo uma peça de costela de cordeiro inteira. Apenas solicitei ao açougueiro para cortar na serra de fita em pedaços com 3cm de altura.
Com a minha costela na sacola cheguei em casa e fui direto para a cozinha. Fui logo levando a frigideira de ferro ao fogo. Enquanto esquentava tratei de separar as 4 peças mais bonitas, as demais ficaram para amanhã. Irei cozinhá-las lentamente para usar a carne em um ravióli de cordeiro para o final de semana.
Temperei as peças selecionadas só com manjerona e pimenta-do-reino. Na frigideira bastaram 6 minutos e um pouco de flor de sal de cada lado.
Não fiz nem mesmo a minha geleia de menta. Usei a industrializada mesmo, que fica estrategicamente guardada na geladeira para essas “emergências”.
Veja a receita deste cordeiro aqui.